
Com a visita de Bolsonaro à China, as relações continuam se aprofundando,
À medida que as relações entre a China e o Brasil continuam se aprofundando, a visita do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, à China, injetará nova vitalidade à cooperação bilateral e unirá esforços conjuntos para melhorar a governança global.
Espera-se que Bolsonaro visite a China entre quinta-feira e sábado a convite do presidente chinês, Xi Jinping. A visita acontece no momento em que os dois países celebram o 45º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas.
No Brasil se costuma dizer que “quanto mais velho, melhor é o vinho”. Olhando para trás, vemos que a China e o Brasil, embora distantes geograficamente, jamais interromperam seus intercâmbios amistosos.
Há mais de 200 anos, os primeiros chineses viajaram ao Brasil para plantar chá e ensinar suas habilidades aos brasileiros. 90 anos mais tarde foi construído um mirante em estilo chinês na Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, para marcar a amizade entre ambos os lados.
Em 1993, o Brasil se tornou o primeiro país a estabelecer a parceria estratégica com a China, e em 2012 a relação foi elevada para parceria estratégica integral.
Hoje em dia, a relação sino-brasileira é mais sólida e madura. Este ano é testemunha dos frequentes intercâmbios de alto nível entre os dois países. Em agosto, Xi e Bolsonaro trocaram mensagens de felicitação pelo 45º aniversário dos laços diplomáticos.
Por dez anos a China tem sido o maior parceiro comercial e o principal destino das exportações brasileiras, e já se tornou a maior fonte de investimento estrangeiro do Brasil. Em 2018, o comércio bilateral bateu o recorde de US$ 100 bilhões.
Os dois países não só estão aprofundando a cooperação tradicional em áreas como agricultura, energia elétrica, mineração e infraestrutura, mas também criando novas áreas de crescimento em inovação tecnológica e economia digital.
Os intercâmbios culturais e pessoais também estão frutificando, como nos esportes, medicina e arte. Dez Institutos Confúcio foram estabelecidos no Brasil. O país latino-americano estabeleceu agosto como o mês oficial de celebração da chegada dos imigrantes chineses ao Brasil.
O aprofundamento da parceria China-Brasil transcendeu o âmbito bilateral, e serve como uma força positiva para impulsionar a paz e a prosperidade na região e em todo o mundo.
A relação entre a China e o Brasil estabeleceu um modelo para a cooperação entre a China e a América Latina, assim como para a cooperação Sul-Sul. Os dois países também uniram seus esforços para manter o multilateralismo, defender as normas internacionais e abordar os desafios mundiais como a mudança climática.
Olhando para o futuro, a China e o Brasil, ambos importantes países em desenvolvimento, têm bons motivos para trabalhar juntos e de maneira mais estreita.
A 11ª cúpula do BRICS será realizada no próximo mês em Brasília. Os dois países devem aproveitar a oportunidade para impulsionar a cooperação do bloco, sobretudo nas áreas de enfoque da reunião, que vão da inovação científica e tecnológica à economia digital, e do combate aos crimes transfronteiriços ao financiamento destinado a potencializar a produtividade.
Com a visita de Bolsonaro à China, os dois países empreenderão uma nova viagem para continuar desenvolvendo sua parceria, assim como a cooperação entre a China e a América Latina, e tornar o sistema de governança global mais justo e inclusivo.