Texas executa homem branco per assassinar cruelmente um homem negro

By on 26 de Abril de 2019 0 848 Views

John William King o homem que orquestrou um dos crimes raciais mais brutais das últimas décadas morreu por injeção letal desta quarta-feira 24 na penitenciária do Huntsville. A execução de King, , não serviu para levar a paz a alguns membros da família de James Byrd, a vítima, cuja irmã declarou não sentir “nenhum alívio”. Clara Byrd Taylor definiu a execução como “um simples castigo”.
A história começa há mais de 20 anos. O crânio de James Byrd estava virtualmente intacto, embora seu corpo tivesse sido despedaçado durante quase cinco quilômetros em que foi arrastado com uma corrente prendendo seus pés a uma caminhonete. Segundo os legistas, Byrd tentou proteger a cabeça com as mãos durante seu assassinato, e as provas forenses indicaram que forçou a se mexer de um lado para outro enquanto se chocava com o asfalto, numa tentativa de minimizar a dor. As descrições dos ferimentos sofridos por esse homem negro de 49 anos tiram o fôlego e não pertencem à época da escravidão, da segregação ou dos linchamentos da Ku Klux Klan.
Seu sofrimento só parou quando seu corpo já mutilado se chocou contra um bueiro e se partiu em dois. Os restos de Byrd foram abandonados por John William King, então com 23 anos, por Lawrence Russell Brewer, de 31, e por Shawn Berry, de 23, nos arredores de uma igreja frequentada por negros, onde foram encontrados na manhã do domingo, 7 de junho de 1998, quando os paroquianos se dirigiam à missa.
James Byrd foi massacrado em Jasper (Texas) por três homens brancos quando faltavam dois anos para acabar o século XX, pelo simples fato de ser negro. Sua morte (junto com a de um jovem de Wyoming torturado e surrado até a morte por ser gay) marcou um ponto de inflexão, resultando na aprovação de uma lei que leva o nome de ambos e endureceu as penas contra os crimes de ódio.
Segundo dados citados pela revista Newsweek em um longo artigo sobre o linchamento de Byrd e a execução de King nesta quarta-feira, as estatísticas sugerem que os crimes contra a população afro-americana caíram fortemente nas duas últimas décadas. Segundo dados do FBI, em 1999 houve 3.679 negros vítimas de crimes de ódio, 67% do total.
Os números mais recentes são de 2017, com 2.458 vítimas negras de crimes de ódio (48,5% do total). Entre 1999 e 2017, o número de pessoas negras que sofreram crimes de ódio caiu 33%. Mas, embora a fotografia dos dados esteja melhor, a ONG Southern Poverty Law Center (SPLC), que se dedica a esses temas, alerta que as estatísticas parecem piorar desde que Donald Trump assumiu o poder. Durante as duas Administrações de Barack Obama, o número de vítimas negras por violência racial caiu quase 25%. Por outro lado, nos três anos entre o anúncio da candidatura de Trump, em 2015, e o final de seu primeiro ano de mandato, em 2017, a cifra voltou a crescer.

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